De flores e tempos...

| terça-feira, 16 de outubro de 2012
Falo de flores, de tempos, de amores, de ventos, de estrelas, de cores, de momentos...
Se eu falo de flores é porque já senti seu perfume, já reparei em sua beleza, pousei em seus encantos nas asas da borboleta, já chorei por seu valor e senti o doce sabor do néctar das letras...
De tempos compreendo pouco, no pouco tempo que o vi, sendo senhor de muitos e servo somente de si. O tempo correu ligeiro quando um olhar me encontrou, foi calmo, amargo e rasteiro, o tempo que desbotou, quando a noite caiu silente e a solidão se agrandou, o futuro já passado e o agora que gorou...
De amores não sei as cores, sei do calor que ainda arde nas almas que anseiam calmas pelas chamas da vontade, das tardes que buscam longe com um sorriso na fronte, que esperam, sem desespero, por um olhar do horizonte...
O vento canta silêncios na melodia do tempo, corre inquieto e matreiro como corre o pensamento quando eterniza lembranças e encanta a ilusão de um momento, soprando doce e gelado para aquecer sentimentos...
Estrelas, só as vi ao longe e as busquei na imensidão, quis tocá-la em meus desejos cansados de solidão e o seu brilho ergueu luzeiros clareando meu coração. Encontrei num só olhar as estrelas da emoção que cirandavam clareiras pelas asas da paixão...
Com as cores pintei retrato na tela do meu olhar, pelos pinceis da lembrança que a vida soube embalar, nas canções dourei palavras que a noite semear nos sonhos onde proponho as cores do teu olhar...
São as flores e o tempo, são os amores e o vento, são as estrelas que eternizam meus momentos, que enternecem minha lida e encantam meus pensamentos...
Dom Isidro

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