Entre o Pensar e o Dizer
Versando
com a linguagem
O
vivo instrumento do ser
Brotam
questões hermenêuticas
Que
poucos se atém a responder
Pois
elas se velam nas falhas da fala
Entre
o pensar e o dizer
De
menos a mais infinito
Estende-se
supremo o pensar
Buscando
no dizer sem limites
A
essência de em si significar
Prende-se
ao “estar” do passado
E
no aquém da origem voltar
Saber,
sentido, discurso
Eterna
busca do principio
Que
o ser remete ao além
Consagrando
este sacrifício
Romper
ou chegar no limite
Do
universo que traz o silêncio
Poeta,
filósofo e sábio
Discursam
no seu pensar
Vão
à meta do dizer
Se
pretendem anunciar
Usando
em seu beneficio
O
ato do enunciar
Matéria,
coisa pensante
Que
ao dito e não dito recorrem
Bebendo
do néctar doce
Que
dá a relação da linguagem
Boa
amiga e nefasta presença
Liberdade
e limite do homem
Oh
forasteiro e amigo
Soberbo
e ambíguo dizer
Pelo
pensar refletido
Em
si mesmo e no seu vir-a-ser
Que
a coisa pensante anuncia
E
tensiona no próprio viver...
Isidro