Por onde andei... Nesta sina de andar...

| quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Andei longe, gastei espinhos pelos caminhos por onde andei...
Sigo meu trilho, arranco os espinhos dos nós mesquinhos que eu mesmo criei...
Corri na rua... Fiz trilha pra lua nas minhas andanças... Na beira da sanga...
Meu riso criança ficou na lonjura...
No estreito do dia, escutei a alegria do canto dos galos...
O cristal da água lavou cada mágoa que a vida me deu...
Andei sempre andando, buscando os encantos de versos tão meus...
Deitando minha crina, acolho esta sina, presente de Deus...
No canto dos grilos, cruzei os banhados... Cortei aramados no verde das matas...
Fiz voo nas asas de garças encantadas prostradas ao sol...
Toquei o arrebol e as brasas do céu... Sou mestre... Sou réu...
Num destino andarilho que faz estribilho pras noites de breu...
Fui algoz, menestrel, nas noites de frio...
Minha alma de rio que abranda o verão, tem sede de mar...
E de tanto andar por um sonho, quimera...
Floresce com as flores que enfeitam as taipas depois das esperas...
Minha alma de rio, esquece o estio, os açoites do frio e as noites de espera...
Quando a vida renasce e um sorriso que nasce com a primavera.

Dom Isidro

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